Sítio Burle Marx, boa dica de passeio

Para quem está no Rio, neste janeiro abrasador, uma boa dica é uma ida ao sítio Roberto Burle Marx, em Guaratiba.

Nas fotos, alguns detalhes do lugar que fazem valer a pena a visita.

Na varanda da casa onde Burle Marx morou estão carrancas que, segundo a guia que conduz a visita, foram retiradas de proas de barcos do Rio São Francisco, onde eram utilizadas como proteção contra os maus espíritos.

O salão das águas era o lugar preferido do paisagista, pintor, escultor, arquiteto amador, cozinheiro, poliglota e barítono Burle Marx. Era ali que ele gostava de pintar por causa do som da água caindo.

A Casa das Cerâmicas, mandada construir para abrigar a coleção de cerâmicas de Burle Marx.

Burle Marx chegou a ser chamado de o poeta das paisagens. Faz sentido, quando se contempla este jardim.

Um dos momentos altos da visita é quando somos apresentados à heliconia burle marxii. É uma das 40 plantas que ganharam o nome dele por terem sido descobertas e catalogadas por Burle Marx. No total, ele descobriu entre 70 e 100 novas plantas.

Entre os mistérios da mata trazidos para o sítio de Burle Marx, encontra-se esta palmeira-que-anda. A planta faz lembrar Sagarana, de Guimarães Rosa, e Urupês, de Monteiro Lobato. Trata-se de uma planta que se move. Suas raízes, em busca de lugares mais secos e firmes, podem deslocá-la conforme seja necessário.

O Sítio fica logo depois da Serra da Grota Funda, seguindo a Avenida das Américas. As visitas têm que ser agendadas pois são acompanhadas por um guia. Podem ser às 9:30h ou às 13:30h. Duram uma hora e meia. O Sítio abre de terça a sábado, exceto feriados.